16 de agosto de 2005

Definitivamente não acredito em superstições, mas esse mês de agosto está um tanto quanto difícil... não sei se é só para eu...
Acontece que às vezes tenho a sensação de que estou nadando contra a maré, como se todos estivessem correndo em direção ao norte e eu caminhasse entre estes para o sul...
É engraçado... "engraçado"... Tenho mania de ver graça em coisas sérias.
Não é engraçado.
Pode ser confuso parece que você não sabe nada.
Que não pode nada.
Que embora faça sempre seu melhor, maiores serão as vezes que vão te exigir "um pouco mais".
Perspectivas, planos, sonhos...
Potencialidade, possibilidade e desânimo...
Isso porque estamos chegando ao fim... O fim é sempre algo difícil, mas sigamos; sempre em frente!!!

9 de agosto de 2005

Sou um vento passando perdido... Sem ter lugar certo, nem caminho... Mas é bom quando a gente mergulha assim: bem profundo... Quando estamos marginalizados podemos distinguir melhor... Metade de Chico Buarque e eu podia morrer feliz...

Roda Viva
(Composição: Chico Buarque)

Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu
A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega o destino prá lá ...

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração

A gente vai contra a corrente
Até não poder resistir
Na volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir
Faz tempo que a gente cultiva
A mais linda roseira que há
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a roseira prá lá

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração

A roda da saia mulata
Não quer mais rodar não senhor
Não posso fazer serenata
A roda de samba acabou
A gente toma a iniciativa
Viola na rua a cantar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a viola prá lá

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração

O samba, a viola, a roseira
Que um dia a fogueira queimou
Foi tudo ilusão passageira
Que a brisa primeira levou
No peito a saudade cativa
Faz força pro tempo parar
Mas eis que chega a roda viva E carrega a saudade prá lá ...