28 de novembro de 2006

No Recreio

Cássia Eller
Composição: Nando Reis

Quer saber quando te olhei na piscina
Se apoiando com as mãos na borda
Fervendo a água que não era tão fria
E o azulejo se partiu porque a porta
Do nosso amor estava se abrindo
E os pés que irão por esse caminho
Vão terminar no altar, eu só queria me casar
Com alguém igual a você
E alguém igual não há de ter
Então quero mudar de lugar, eu quero estar no lugar
Da sala pra te receber
Na cor do esmalte que você vai escolher
Só para as unhas pintar
Quando é que você vai sacar
Que o vão que fazem suas mãos
É só porque você não está comigo
Só é possível te amar...
Seus pés se espalham em fivela e sandália
E o chão se abre por dois sorrisos
Virão guiando o seu corpo que é praia
De um escândalo charme macio
Que cor terá se derreter?
Que som os lábios vão morder?
Vem me ensinar a falar
Vem me ensinar ter você
Na minha boca agora mora o teu nome
É a vista que os meus olhos querem ter
Sem precisar procurar
Nem descansar e adormecer
Não quero acreditar que vou gastar desse modo a vida
Olhar pro sol só ver janela e cortina
No meu coração fiz um lar
O meu coração é o teu lar
E de que me adianta tanta mobília
Se você não está comigo
Só é possível te amar
Ouve os sinos, amor
Só é possível te amarEscorre aos litros, o amor

E, não tenho mais nada a dizer...

22 de novembro de 2006

"Acho" que... meu humor voltou...

Isto de sentimentos é muito engraçado mesmo...
Eu sempre, definitivamente sempre fui muito sentimental, mas não é um sentimental comum, é uma coisa de choro copioso durante 30minutos/1 hora sem parar...
Chega ao cúmulo de eu tentar me concentrar em algum “pensamento positivo” para me controlar e uma simples palavra, de supetão, na cabeça irromper o choro e recomeçar tudo...

Agora eu me pergunto séria e sinceramente:
— O que tenho ganhado com isso???

A moda agora é ser “malvadão”, não vê como os vilões fazem mais sucesso que os mocinhos?
O que é essa atriz na novela das 9:00? O capeta perde fácil para aquela mulher minha gente!!!

Na verdade, eu sempre admirei muito mais os vilões que os mocinhos, porque eles têm uma determinação, uma racionalidade, uma “esperteza” que faz falta aos copiosos mocinhos sofredores e oprimidos pela realidade cruel que é a vida...


O que é o Q.I. da Bruxa “Baratuxa” do Chaves?

O que seria do Superman sem o Q.E. Lex Luthor?

As pessoas más, terminantemente, têm certas características que eu preciso apreender;
Por exemplo, saber dizer não, sem se sentir culpado por isto... Saber humilhar, tripudiar fazer o “diabo a quatro” e não pedir desculpas depois...

Afinal, apreender observando é mais fácil que apreender experimentando... Sobretudo quando no experimento quem saí perdendo somos nós.

17 de novembro de 2006



A caixa se fechou, mas a música tocou por mais alguns segundos, parou.
A bailarina pôs se a descansar.
O silêncio invadiu a casa como um vento

Repentino e melancólico lamento...

As portas se fecham tal como a caixa
Os amores vêm e ficam durante algum tempo,
depois passam como a música.
E ela voltava a dormir...

Simplesmente dormir.

14 de novembro de 2006


Às vezes a minha vontade é correr,
Correr até onde eu for capaz e alcançar a margem,
Depois nadar...
Quem sabe?
Atravessar esse oceano que divide o que eu sou do que eu quero ser...
Um oceano que não é só de água tem tanta coisa...
Assim: neste ínterim...
E precisam ser resolvidas para dar possibilidade de que alcance o outro lado.
O fato é que não vou correr até lá pra ficar na beira, olhando o sol se por do lado de lá.
E eu não sei de nada... Nem sei bem como alcançar o outro lado.
Definitivo, definitivo mesmo é meu inesgotável desejo por atravessar...
E quero o que sempre foi meu.
Ta aí oh!!!
Só me esperando...

13 de novembro de 2006

Game Over

Depois de ter lutado incansavelmente,
Depois de ter superado cada uma das fases
Depois de ter tropeçado,
Caído e me quebrado por inteiro...
Depois de ter lançado todas as minhas sete vidas
me vi assim: No fim.

E aí? Quando reiniciamos o jogo?

9 de novembro de 2006

Volta

Caminhava eu assim mesmo,
Sem saber direito pra onde ir, e fui.
Cheguei a uma praça solitária onde só os pássaros ousavam vez ou outra a assoviar algum som...
E foi o que estive a pensar: por mais que a gente queira, as coisas não vão, não podem e nem devem acontecer como a gente quer...
E ela me disse dias destes que há diferença entre querer ajudar a sonhar e querer impor os sonhos a outrem,
Existem tantas formas de sonhar...
E eu havia me esquecido disto,
Esquecido de minhas próprias palavras...
Lembro-me assim remotamente da frase que escrevi aquele dia... de que nós não devemos ter sonhos muito mirabolantes para não acabar desistindo no meio do caminho, mas que precisamos tê-los, ainda que pequenos, que é para não perder o sentido da vida, e da luta que é viver...
Eu vou voltar aos meus sonhos,
Aos meus planos...
A vida que deixei para trás...
E, ah...
Como é bom voltar.

Há alguns dias desejava escrever esta canção aqui, e hoje vou aproveitar para escrever...
É uma das letras mais lindas que eu já vi, e tem tudo a ver como meus simples sonhos de vida, que na verdade sempre são muito mais emocionais que materiais.
Bjokas a todos perdoem não poder estar comentando sempre...

A Estrada
Cidade Negra
Composição: Toni Garrido / Lazão / Da Gama / Bino

Você não sabe o quanto
Eu caminhei
Pra chegar até aqui
Percorri milhões de milhas
Antes de dormir
Eu não cochilei

Os mais belos montes escalei
Nas noites escuras de
Frio chorei,

A vida ensina e o tempo
Traz o tom
Pra nascer uma canção
Com a fé do dia-a-dia
Encontro solução

Eu encontro a solução
Quando bate a saudade
Eu vou pro mar
Fecho os meus olhos
E sinto você chegar

Você Chegar,

psico, psico, psico

Quero acordar de manhã
Do teu lado
E aturar qualquer babado
Vou ficar apaixonado,
No teu seio aconchegado


Ver você dormindo e sorrindo
É tudo que eu quero pra mim
Tudo que eu quero pra mim, quero

Quero acordar de manhã
Do teu lado
E aturar qualquer babado
Vou ficar apaixonado,
No teu seio aconchegado

Ver você dormindo ‚ tão lindo
É tudo que eu quero pra mim
Tudo que eu quero pra mim
Together...
Together...

Meu caminho só meu pai pode mudar
Meu caminho só meu pai
Together...
Together...

Meu caminho só meu Deus pode mudar
Meu caminho só meu Deus
Together...

6 de novembro de 2006

::Traduzindo::

O grande problema das palavras,
Ou a grande magia das palavras é serem completamente sujeitas a interpretação.

Visto que não temos nem a mesma percepção,
Nem o mesmo cenário,
Nem as mesmas necessidades emocionais do outro;

JAMAIS saberemos do que ele está falando...
ou melhor escrevendo.

3 de novembro de 2006

morte... vida...

Todos nós temos aquela pessoa na família, aquele tio ou tia preferido...
Eu posso me recordar dia destes quando ele esteve lá em casa, me encheu de beijos como sempre, me fez rir muuuuuuito como sempre, e me abraçou forte como sempre querendo apertar até minha alma...

Mas a vida as vezes nos tira essas pessoas especiais...
Que é pra gente aprender a ser especial na vida de outros...
Que é pra gente aprender o valor de um sorriso...
Que é pra gente aprender que temos as vezes muito pouco tempo... pra viver...


Mais tio que primo,
Que sabia como ninguém me fazer rir das bofetadas que a vida dá na gente...
Seja lá onde for que ele esteja, a lembrança que eu vou guardar é dele vivo,
de cada vez que me via e o espanto com a rapidez do tempo...
Perguntando quando ia levar os namorados para conhece-lo brincadeira que, ele sabia, não me agradava muito...

É uma pena que não tivemos a oportunidade de fazer nada,
Uma morte especial,
Num dia especial...
É uma pena que ele não tenha tido tempo para se despedir da gente...
Pra dar aquele sorriso e nos encher de beijos como sempre...
Era tão cedo...

Observação: que serve pra quem lê e pra quem escreve, cuidado com o uso do cigarro, do álcool... Dê valor a sua vida e a vida daqueles que te amam incondicionalmente.